Os impactos positivos das redes sociais.
Muito se fala dos impactos negativos das redes sociais e os efeitos na saúde mental dos usuários, mas será que redes tão grandes como Facebook e Instagram, podem ser somente prejudiciais? Existem aspectos positivos que podemos explorar nas redes?
Desde minha primeira pesquisa na universidade me interessei pelos impactos negativos do uso excessivo de internet e das redes sociais, poderia listar páginas e páginas de efeitos prejudiciais e potenciais gatilhos para ansiedade, depressão, baixa autoestima, entre outros, porém alguns estudos vem na contramão e trazem a tona os aspectos positivos de utilizar redes sociais mas é claro que com moderação.
A pesquisa #statusofmind criada e organizada pela RSPH, Royal Society for Public Health, traz os benefícios que as redes podem proporcionar e abaixo você confere a lista com os 4 benefícios no uso das redes sociais:
1.Acesso a informações especializadas de saúde e a saúde de outras pessoas.
De acordo com esse estudo, através das redes sociais as pessoas que estão sofrendo com algum tipo de problema de saúde podem encontrar outras pessoas que também passam pelas mesmas situações e a partir dessa identificação, e da experiência de outras pessoas, podem compartilhar informações e criar uma rede de apoio, criando mecanismos de enfrentamento para aquela determinada situação. Seja lendo blogs, vendo vídeos ou compartilhando as experiências diárias, as pessoas podem compartilhar suas vivências e auxiliar outras pessoas, além de possuir um contato mais próximo com profissionais da área da saúde, médicos, psicólogos, nutricionistas, entre outros e assim ter acesso a conteúdo de qualidade e especializado, o que pode encorajar toda uma rede a buscar auxilio profissional. Ainda assim é preciso ter cuidado com as informações disponíveis na rede, uma vez que existem as famosas “fake news” e precisamos ter certeza da fonte para que a informação seja confiável.
2. Suporte Emocional e a construção de uma comunidade
De acordo com a pesquisa, quase sete em cada dez adolescentes relatam receber apoio nas mídias sociais durante dificuldades e os usuários do Facebook são mais propensos a receber apoio emocional do que usuários em geral da internet. Além disso, as páginas e grupos nas mídias podem reunir pessoas com os mesmos interesses, o que poderia ser muito difícil de acontecer na realidade mas que é possível com as redes sociais.
3. Auto expressão e auto identidade.
Através das mídias as pessoas encontram uma forma de expressar aquilo que desejam, durante o período da adolescência, o jovem está em busca de identidade e pode passar por diversas fases até encontrar uma certa estabilidade para desenvolver-se, nesse sentido as redes são um meio de projeção e de expressão dessas diferentes identidades ao longo do crescimento de um jovem adulto. Além disso pode ser também um espaço para expressão de idéias, imagens, e até ideais políticos que vão formando a personalidade desse jovem em desenvolvimento.
4. Fazer, manter e construir relacionamentos.
Alguns estudos sugerem que as relações nas mídias sociais podem fortalecer relações já existentes no mundo real, em especial no caso de adolescentes, além de oferecer um ambiente que possibilita novas amizades e novas interações que podem também (com cautela) serem transportadas para a realidade offline.
A pesquisa ainda contou com diversas questões para comparar as redes sociais entre si e identificar quais as mais positivas e as mais negativas, e o resultado foi o seguinte:
A rede apontada como mais positiva pelos jovens que participaram das pesquisas foi o Youtube, seguido pelo Twitter, Facebook e Snapchat, já em ultimo lugar e apontada como a mais negativa ficou o Instagram.
Fica a pergunta: Como podemos incluir as redes sociais e administrar ela em nossas vidas e nas vidas de nossas crianças e adolescentes de forma positiva?
As ferramentas existem para serem utilizadas, mas é preciso dosar, educar e aprender a gerenciar a vida online e a vida offline para que possamos extrair os benefícios de vivermos conectados em rede.
Se você quiser conferir o estudo completo e acessar as informações, eles estão disponíveis nesse link: https://bit.ly/2jpHFMn
Essa matéria tem caráter informativo, se você se identificou com algum sintoma procura ajuda profissional de um psicólogo.
Autora: Danielle Vieira – Psicóloga em Bragança Paulista e São Paulo e fundadora do IIPB, CRP 06/131376.